Um campo aberto…
O perfume das pitangas
Levado insano pelas asas do vento
Que corre sem rumo, sem constância, sem pausa.
É como colher estrelas no calado da madrugada
E misturá-las a fragmentos de ebulições de auroras
Que queimam os céus que despertam.
Calidoscópios de sonhos,
De rostos, de delírios…
O repouso entre o silêncio e a canção…
Um campo aberto,
De céu aberto…
As emoções vêm à tona
Feito cavalos selvagens
Que galopam no ritmo de batimentos cardíacos,
Que anseiam beber o infinito do horizonte…
Passagens do tempo…
Uma encosta do universo
Guarda a lótus em floração…
Campo aberto,
Alma em transmutação.
O tudo se perde no nada,
Enquanto o nada aponta outro caminho.
Desígnios de astros ferozes
Que cantam destinos
E fazem girar a mandala da vida.
Campo aberto,
O dourado da energia que
Percorre em cada enigma da íris
E veste nos lábios um sorriso.
Enquanto o sutil da aura
Se deixa arder em incensos de alfazema.
Campo aberto,
Céu aberto,
Alma aberta…
Em meu peito uma inquietação grita,
Enquanto me deixo perder
Num campo de gardênias,
Enquanto tento me decifrar,
Enquanto tento me diluir em palavras.
ALMA ABERTA
21/05/2011 por Michelle C. Buss
Lindaaaaaaço!!!!!!!!!